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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Preta versus Bolsonaro


Navegando pelas agências e pelas redes sociais eis que encontro o seguinte post do Lauro Jardim em um link da Veja no Twitter:


O post em si não tem nada demais, imparcial e informativo assim digamos.
Mas vindo de quem veio e ao público a quem ele se dirige, era bom dar uma olhada melhor. 
Quando se trata da Veja, imparcialidade não existe e uma notinha não sai assim de graça, era só esperar mais um pouquinho que coisas começariam a acontecer.
E eis que, devidamente convocados, os "leitores" da Veja começam a se apresentar, dá uma olhada aí:


Mas não para aí:



Tá acabando:



Olha a classe e a elegância desses leitores (alguém lá na Redação da Veja deve estar twitando a tag #SeusLindo para cada um deles). Repare nos mimos linguísticos com que os leitores da Veja se referem às mulheres, aos direitos humanos, às liberdades democráticas, às instituições e à Preta Gil. 

****

Deixando o meu cinismo de lado, é importante observar a movimentação da velha mídia quando o assunto é avançar nos Direitos Humanos, a velocidade com que ela consegue mobilizar seus adeptos e a rapidez com que estes convocados se apresentam. 
E é importante que mobilizemos mais e mais pessoas para contribuirem no debate sobre democratização da mídia. E é fundamental que nós, LGBT's nós somemos à luta por um marco regulatório dos meios de comunicação, participemos de maneira ativa desse debate através dos nossos blogs, das redes sociais, das marchas e dos encontros propostos.
Um nova regulamentação para os meios de comunicação é parte fundamental da luta em combate a todo e qualquer tipo de preconceito, dos avanços dos direitos humanos e da consolidação da democracia no Brasil.

Tem um texto muito bom sobre o tema no Blogueiras Feministas!


2 comentários:

  1. Caro amigo, equalizar Veja e Distorção ou Veja e Manipulação é, na verdade, pleonasmo, já sabemos disso. Desqualificar Preta Gil por ser filha de cantor, cantora, negra, mulher, por ter padrão de beleza diferente do massificado é apenas um reflexo da educação que recebemos como tratamento de choque ao longo da vida. E assim se constroem os homofóbicos, os racistas, os misóginos...dizerem que "entendem" agora por que a filha do Tasso é lésbica é repetir a ideologia histórica de que o incomum (nem tão incomum assim) é anormal. Anormal, para mim, é ser intolerante e querer a todo custo nos rotular para manter o que, na verdade, é a grande preocupação de "aberrações" como a Veja: o poder de continuar manipulando mentes incautas. Pobres de nós, se nada for feito.

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  2. Quis dizer "filha do Marcelo Tass", mas o IPad faz essas gracinhas de autocorrigir o que teclamos.

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