Há duas
semanas tomei conhecimento de uma história assustadora: um jovem de 18 anos,
que era sistematicamente agredido física, verbal e psicologicamente por seu
irmão mais velho, publicou um pedido de ajuda no Facebook. A história impactava
pelo relato das agressões, pelas imagens dos ferimentos e hematomas, e pelo
desespero do rapaz.
Seu pedido acabou por mobilizar uma enorme
rede de solidariedade na internet, serviços de assistência social e entidades
de defesa dos direitos humanos. Pessoas de todos os cantos do país se mobilizaram
no sentido de oferecer apoio, garantir a integridade do rapaz, de colocá-lo em
segurança em um ambiente em que pudesse estar dignamente, livre de qualquer
ameaça. A ONG Cellus de Contagem e o Centro de Referência LGBT de Belo
Horizonte prestaram a assistência direta ao rapaz e mantiveram informados os
ativistas e militantes que estavam acompanhando o desenrolar da história.